DESMANCHE
É preciso que eu tome a coragem das palavras,
todas elas inconfessas dentro de mim.
É preciso que eu me desmanche e me reconstrua
e cate meus pedaços de colcha de retalhos.
Precisamente, minha avidez é o sopro insólito,
bocejado da noite com seu hálito de estrelas...
Se tudo é intangível às mãos,
resta aos olhos,
recolher os gestos tangíveis:
Tão próximos e perceptíveis,
tão ácidos e medonhos
diante dessa madrugada...
É preciso que eu me dispa
e me disponha de solicitudes,
todas elas necessárias à minha prisão.
É preciso que eu vá saboreando os espinhos
como manjar de deuses pagãos
e sirva, ao banquete das horas,
a comida pronta ao sabor da minha boca faminta.
Presumidamente, meu engano será tão humano,
feito de gula e sobras
para que me venha o êxtase,
os sons das trombetas,
o repicar dos sinos,
os devaneios dos anjos,
o rodopio das notas...
A melodia surda.
Apenas é preciso
que eu me desconstrua
e me reinvente.
todas elas inconfessas dentro de mim.
É preciso que eu me desmanche e me reconstrua
e cate meus pedaços de colcha de retalhos.
Precisamente, minha avidez é o sopro insólito,
bocejado da noite com seu hálito de estrelas...
Se tudo é intangível às mãos,
resta aos olhos,
recolher os gestos tangíveis:
Tão próximos e perceptíveis,
tão ácidos e medonhos
diante dessa madrugada...
É preciso que eu me dispa
e me disponha de solicitudes,
todas elas necessárias à minha prisão.
É preciso que eu vá saboreando os espinhos
como manjar de deuses pagãos
e sirva, ao banquete das horas,
a comida pronta ao sabor da minha boca faminta.
Presumidamente, meu engano será tão humano,
feito de gula e sobras
para que me venha o êxtase,
os sons das trombetas,
o repicar dos sinos,
os devaneios dos anjos,
o rodopio das notas...
A melodia surda.
Apenas é preciso
que eu me desconstrua
e me reinvente.
Genny Xavier
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