Salvador Dali, 1943 |
FLUIR
Em sua ácida avidez de
essência
o vazio difunde-se
no oco da alma...
E torna ermo o coração...
E torna gélida a razão...
Os elos se partem,
as fibras se rompem,
se dilaceram as entranhas...
Porém, onde já se impera o
vácuo,
um ínfimo grão luzidio
rompe o casulo de seda
e, fundo, respira a
liberdade
da vida teimosa...
Genny Xavier
4 comentários:
Bem regressada seja, amiga !
Aprecio muito Dali, que prefiro francamente a Picasso - tanto como artista como pessoa.
O poema, como sempre , agradou-me muitissimo.
Abraço de matar saudades e que o seu domingo seja óptimo :)
olá Poeta! prazer grande saber-te de volta e partilhar a beleza e sensibilidade de teus poemas.
abraço saudoso
BEM-VINDA
Tudo pelo melhor
Belo, belíssimo poema Genny. Só podia ter vindo mesmo desse seu olhar.
Postar um comentário