sexta-feira, 4 de setembro de 2015

NOITE ENLUARADA



Meu passo tonto
costura o vento
ao curvar a rua.

O gato preto
espreita meu olho
que vagueia a noite.

De longe, a coruja pia
testando meu medo
dos presságios da vida.

De perto, a sombra cresce
trazendo as memórias
dos pesadelos infantis…

Assim, desperto
e espio o silêncio
da lua tão grande,
tão cheia...





Genny Xavier







4 comentários:

Jaime Portela disse...

Mais um magnífico poem.
Gostei muito das suas palavras.

Manuel Veiga disse...

O feitiço da Lua a afastar pesadelos de menina...

belíssimo.

beijo

Jaime Portela disse...

reli e gostei de o fazer, dada a ruiqueza do seu poema.
Genny, tenha uma boa semana.
Saudações poéticas.

AC disse...

Por mais que se avance na percepção das coisas, a visão da Lua resgata sempre, dentro de nós, pequenas marcas do princípio dos tempos...

(Foi um prazer descobrir o seu blogue. Senti-me bem por aqui.)

Uma boa semana :)