sexta-feira, 24 de julho de 2020




PALAVRAS VIVAS NO TEMPO

 

Hoje,

me pergunto

se ainda minha escrita

retrocede ao tempo da pena

cujo verso se ia pintando

ao desenho da letra rebelde

e cheia de avidez...

 

Hoje,

para esse tempo

de minha pele em metamorfose

eu regresso à pena

e ao desenho

que borda a letra

em composição de palavras...

 

Hoje,

mais que insurgentes,

mais que vorazes,

estas e aquelas palavras

de aqui e além de mim

inda se desatam da alma

que me liberta...


Genny Xavier


Um comentário:

Juvenal Nunes disse...

A nossa alam teve sempre necessidade de se libertar, soltando as palavras e deixando-as voar, situação tão bem expressa na delicadeza do poema.
Saudações poéticas.
Juvenal Nunes