quinta-feira, 18 de abril de 2019

Fonte: Google


OPOSTOS EQUIVALENTES


Uma nação se curva ao caos
num embate entre poderes corrompidos
e poderes equivocados.
Um coro dissonante
prenuncia seus presságios
transmitidos por todas as vias de agora.
De muitas bocas escorre o veneno amargo
e de outras o vômito ácido dos raivosos...
Perdidos, pisamos um chão de folhas mortas,
outrora vividamente verdes.
E olhamos ao alto para o horizonte cinza
outrora límpido de azul celeste...

Me sinto testemunha solitária,
espiando um cortejo patético
que, cego, segue
as vãs promessas de salvação
de reis bufões...   

De que fresta
eu espreito meus dias?


Genny Xavier


Um comentário:

Manuel Veiga disse...

poema épico em si mesmo trnsformador, pois que alarga a consciência dos seus leitores.

e não é métier dos poetas resistir e convencer?

um forte e solidário abraço