Os manacás de cheiro...
REMINISCÊNCIAS
Os manacás de cheiro
ainda perfumam minhas memórias
de quintais e riso
e eu me espio vestida de vento
a devorar pitangas vermelhas...
Abaixo das janelas
os amigos evocavam assobios
e as asas revoavam meus pés
no correr dos caminhos
das ruas de pedras...
Entre aventuras e sustos
fantasias e jogos
meu tempo não tinha hora
se alargava sem ponteiros
para os dias depois de outros...
De que valia o futuro
se havia os doces sapotis
da árvore eternizada?
De que valia saber
que os manacás e as pitangas
no curso do presente-hoje
seriam reminiscências?
Genny Xavier
As pitangas vermelhas...
Os doces sapotis...
As ruas de pedras...
6 comentários:
Que post tão terno e tão aconchegante, amiga!
Abraço apertado
permanece no lábios o sabor das pitangas e a memória dos dias perfumado...
beijo
Que bem me soube andar por aqui! Gosto do sabor do nome dos frutos desconhecidos...há uma musicalidade infinita ao pronunciá-los...
Hoje embriaguei-me de poesia aqui! Abraços.
M. Emília
Que saudades eu tenho do tempo não ter hora e se alargar sem ponteiros...
Magnífico poema, como sempre.
Genny, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijos.
Os belos apeadeiros da vida
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. é este passado que nos acolhe num mais terno futuro .
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. belíssimo .
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. um grande beijinho .
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