MEDO
Tanto quanto me aterroriza
esta violência estabelecida no mundo,
outro medo me invade
nos cáusticos dias de hoje.
O pavor me vem
deste falso silêncio,
das caras risonhas,
das vidas festivas,
das alegorias humanas
ou dos caricatos senhores do poder...
O pavor me vem
das besteirinhas parlamentares,
dos paletós engomadinhos,
dos tapinhas nas costas,
das piadinhas imbecis,
dos chavões,
das convenções
ou do plin-plin pegando onda...
O pavor me vem
de onde absolutamente nada acontece!
Genny Xavier
6 comentários:
Partilho essa sua angústia, esse seu receio: temo mais quem usa hipocrisia do que a própria violência.
defenden-mo-nos melhor daquilo que é claro
Um bom fim de semana, linda
chatice mesmo onde nada acontece!...
... antes uma boa briga!
como te compreendo!
beijo
A coisa está a ficar muito globalizada
Issuaí, poeta. Mete o pau nesses canalhas. Me arrepiei todo. Ui.
Eu vi todo um cenário de desastre político e social, um cenário no qual infelizmente estamos inseridos!
Medo: também tenho!
Bjoo
Poema maravilhoso, amiga. Gosto quando você chuta o pau da barraca.
Saudades
O Falcão Maltês
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