SILÊNCIO
Se tenho de escrever algo
nesta adiantada hora da noite
e nesta altura da vida,
escrevo sobre o silêncio
que cala o tempo,
petrifica a alma
e faz suar as paredes...
Mas posso adiantar também
que, de fenda em fenda,
esse silêncio
pulsa num intervalo
onde, estrondosamente,
uma pena sibila no ar
e desce, suavemente,
para pousar o chão...
Se há silêncio,
a pena desfaz...
Se há densidade,
a leveza dissolve...
nesta adiantada hora da noite
e nesta altura da vida,
escrevo sobre o silêncio
que cala o tempo,
petrifica a alma
e faz suar as paredes...
Mas posso adiantar também
que, de fenda em fenda,
esse silêncio
pulsa num intervalo
onde, estrondosamente,
uma pena sibila no ar
e desce, suavemente,
para pousar o chão...
Se há silêncio,
a pena desfaz...
Se há densidade,
a leveza dissolve...
Genny Xavier
2 comentários:
bonito, bonito, bonito! e como esse poema próprio em si é; o denso silêncio do tempo que vai sendo suavizado com o escorrer de versos simples que o conotam.
Bonito e triste ao mesmo tempo..., mas como sempre, muito sensível, Genny.
- Marcos.
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