OS DIAS
Os dias se movem feito o girar dos moinhos de vento,
mas não há medida que justifique suas horas sentidas.
Os dias se bicam feito pássaros em namoro,
e atam o tempo contrário aos devaneios do passado.
Os dias opacos são perigosos,
submergem outros dias, outras horas,
na superfície da memória
e colhem dos sentidos a lembrança doce na boca ávida de doçuras.
Os dias felizes são arriscados,
nos cobram adiante a insipidez do presente,
a dormência sutilmente insegura do agora,
as reminiscências que transformam conchas em símbolos alegres.
Os dias amenos de dolências são saudosistas,
guiam os dedos ao tato de objetos estimados, roupas e miudezas,
aspiram os cheiros emanados do interior de nós
e molham o céu da boca de impressões dos sabores degustados.
Os dias se entrelaçam de sentidos para colher o tempo e suas surpresas.
O que direi do tempo? E do fruto que dele se colhe?
Dias passados...dias de hoje...dias aquém...dias além...
Que outros dias me esperam?
Os dias não se findam em minhas memórias de areia e sal,
se estendem largos diante dos meus olhos que espiam,
se beijam ávidos de beijar
e atam a distância entre as auroras.
E, feito o braço que abriga o corpo em abraço,
os dias aconchegam a longa espera...
Que se possa então suportar os intervalos
e suplantar as noites frias...
mas não há medida que justifique suas horas sentidas.
Os dias se bicam feito pássaros em namoro,
e atam o tempo contrário aos devaneios do passado.
Os dias opacos são perigosos,
submergem outros dias, outras horas,
na superfície da memória
e colhem dos sentidos a lembrança doce na boca ávida de doçuras.
Os dias felizes são arriscados,
nos cobram adiante a insipidez do presente,
a dormência sutilmente insegura do agora,
as reminiscências que transformam conchas em símbolos alegres.
Os dias amenos de dolências são saudosistas,
guiam os dedos ao tato de objetos estimados, roupas e miudezas,
aspiram os cheiros emanados do interior de nós
e molham o céu da boca de impressões dos sabores degustados.
Os dias se entrelaçam de sentidos para colher o tempo e suas surpresas.
O que direi do tempo? E do fruto que dele se colhe?
Dias passados...dias de hoje...dias aquém...dias além...
Que outros dias me esperam?
Os dias não se findam em minhas memórias de areia e sal,
se estendem largos diante dos meus olhos que espiam,
se beijam ávidos de beijar
e atam a distância entre as auroras.
E, feito o braço que abriga o corpo em abraço,
os dias aconchegam a longa espera...
Que se possa então suportar os intervalos
e suplantar as noites frias...
Genny Xavier
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